Trump ordena retomada de testes nucleares dos EUA e apoia submarino nuclear sul-coreano

Donald Trump anunciou em 30 de outubro de 2025 a retomada imediata dos testes nucleares dos EUA, citando a expansão do arsenal nuclear da China e a necessidade de equilíbrio com potências nucleares.


O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou em 30 de outubro de 2025 que ordenou ao Departamento de Defesa que retome “imediatamente” os testes de armas nucleares “em pé de igualdade” com outras potências nucleares. O Ministério da Defesa chinês tomou nota dos relatórios relevantes e reiterou que a política nuclear da China é consistente e clara.

Esta diretiva foi emitida em meio a preocupações com os programas de testes nucleares de outras nações e a rápida expansão prevista do arsenal nuclear da China, que Trump prevê que superará os Estados Unidos em cinco anos.

Trump postou nas redes sociais antes de se reunir com o presidente chinês, Xi Jinping, observando que os Estados Unidos possuem o maior número de armas nucleares do mundo, seguidos pela Rússia em segundo lugar, e a China muito atrás em terceiro lugar, mas espera-se que alcance os Estados Unidos em cinco anos, e instruiu o Departamento de Guerra a começar imediatamente a testar armas nucleares em pé de igualdade.

O porta-voz do Ministério da Defesa chinês, Zhang Xiaogang, declarou em uma coletiva de imprensa de rotina em outubro que havia tomado nota dos relatórios relevantes e enfatizou que a política nuclear da China é consistente e clara.

Conforme relatado pela Reuters, Trump mencionou a bordo do Air Force One em seu retorno a Washington que era necessário realizar testes nucleares para garantir que os Estados Unidos se mantivessem atualizados com seus concorrentes nucleares, observando que outras nações estavam realizando testes nucleares, portanto, os Estados Unidos também deveriam fazê-lo. O último teste nuclear dos Estados Unidos foi em 23 de setembro de 1992, com o codinome Divider, e ocorreu na Zona de Segurança Nacional de Nevada. Anteriormente, o ex-presidente dos Estados Unidos, George H.W. Bush, iniciou uma moratória em 1991.

Implicações para o Brasil acerca deste retomada

A retomada dos testes nucleares pelos Estados Unidos, China e Rússia pode ter várias implicações para o Brasil, tanto em termos de segurança quanto na política internacional. Aqui estão algumas considerações:

  1. Aumento das Tensões Geopolíticas: A volta dos testes nucleares pode exacerbar as tensões entre potências nucleares e, por consequência, impactar a estabilidade na América Latina. O Brasil, que é um defensor da não-proliferação nuclear e do desarmamento, pode se ver pressionado a reafirmar suas políticas nesse sentido.
  2. Posicionamento Diplomático: O Brasil poderá precisar ajustar sua posição nas organizações internacionais, como as Nações Unidas, onde poderá atuar como mediador ou defensor do diálogo pacífico e da desescalada de conflitos nucleares.
  3. Impacts na Defesa: Embora o Brasil não possua armas nucleares, um ambiente global de competição armamentista pode motivar o país a revisar suas políticas de defesa e segurança nacional, aumentando a cooperação com outros países e buscando fortalecer a infraestrutura de defesa.
  4. Relações Comerciais: A tensão geopolítica pode afetar as relações comerciais do Brasil com potências nucleares, influenciando setores como comércio, agricultura e tecnologia. O Brasil pode sentir os efeitos de sanções ou mudanças nos tratados internacionais.
  5. Agenda Ambiental e de Energia: O Brasil tem um compromisso com energias renováveis e a proteção ambiental. A volta a uma corrida armamentista pode desviar a atenção de questões globais urgentes, como a mudança climática, em que o Brasil tem interesse em liderar esforços.
  6. Influência Regional: Como a maior potência econômica da América do Sul, o Brasil poderá ser pressionado a assumir um papel de liderança na região, promovendo um entendimento sobre questões de segurança e incentivando países vizinhos a manterem suas políticas de não proliferação.

Essas implicações requerem um monitoramento atento das dinâmicas geopolíticas, além de um reforço na diplomacia brasileira em fóruns internacionais.

Fonte: BBC | Trump ordena retomada de testes nucleares dos EUA e apoia submarino nuclear sul-coreano


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