Secretário de Defesa dos EUA ordena redução de 20% nos cargos de chefia militar: implicações estratégicas e controvérsias

Em 5 de maio de 2025, o Secretário de Defesa dos Estados Unidos, Pete Hegseth, anunciou uma reestruturação significativa no alto escalão das Forças Armadas. A medida prevê uma redução mínima de 20% nos cargos de generais e almirantes de quatro estrelas, tanto na ativa quanto na Guarda Nacional, além de uma diminuição adicional de 10% no total de oficiais-generais e oficiais de bandeira em todas as forças militares .

Objetivos e justificativas

Hegseth, ex-apresentador da Fox News e crítico de longa data da estrutura hierárquica militar, argumenta que a atual quantidade de oficiais de alto escalão é excessiva e contribui para uma burocracia ineficiente. Ele destaca que, durante a Segunda Guerra Mundial, os EUA tinham 12 milhões de militares sob o comando de 17 generais de quatro e cinco estrelas, enquanto atualmente há 44 oficiais de quatro estrelas para uma força de aproximadamente 2,1 milhões de membros .

A iniciativa, apelidada informalmente de “Menos Generais, Mais Soldados”, visa redirecionar recursos de estruturas de comando para unidades operacionais, fortalecendo a prontidão estratégica e operacional. Hegseth enfatiza que a medida não é punitiva, mas sim uma tentativa de otimizar a eficácia militar .

Implementação e possíveis impactos

O plano será executado em duas fases: a primeira focará na redução imediata dos cargos de quatro estrelas e na diminuição correspondente na Guarda Nacional; a segunda abordará a redução de 10% no total de oficiais-generais e de bandeira .

Além disso, o Departamento de Defesa está revisando o Plano de Comando Unificado, o que pode resultar na fusão de comandos combatentes, como o Comando Europeu dos EUA com o Comando da África, e o Comando do Norte com o Comando do Sul, potencialmente eliminando várias posições de quatro estrelas .

Reações e críticas

A decisão gerou críticas significativas. O senador Jack Reed, democrata de Rhode Island e membro sênior do Comitê de Serviços Armados do Senado, expressou ceticismo, argumentando que cortes arbitrários podem prejudicar a eficiência militar .

Além disso, observadores apontam que a medida ocorre em meio a uma série de demissões de altos oficiais desde o início do segundo mandato do presidente Donald Trump, incluindo o presidente do Estado-Maior Conjunto e a diretora da NSA .

Considerações finais

A reestruturação proposta por Hegseth representa uma mudança significativa na abordagem da liderança militar dos EUA, com implicações potenciais para a eficácia operacional e a estrutura de comando. Enquanto defensores argumentam que a medida promoverá uma força mais ágil e eficiente, críticos alertam para os riscos de politização e perda de experiência estratégica.

A implementação e os resultados dessa política serão observados de perto por aliados e adversários, dada a influência global das Forças Armadas dos Estados Unidos.


Com informações de: Reuters / Politico / BostonGlobe.com / The Washington Post

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